Meio Ambiente |
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Os Mananciais e as Áreas de Proteção Ambiental
Bacia do Ribeirão Tatu
Bacia hidrográfica é uma área de terra na qual as águas escorrem para a parte mais baixa, que é o fundo do vale, por onde correm os rios, ribeirões e córregos. Uma bacia hidrográfica é formada por sub-bacias menores, as microbacias.
A bacia do ribeirão do Tatu cobre 75% da área urbana de Limeira, num total de 40,68 km² de área, compreende o ribeirão do Tatu com 6,5 Km de extensão e mais 14 afluentes. Nasce na zona rural de Cordeirópolis e desagua no rio Piracicaba. Possui inúmeros problemas como falta de tratamento de esgoto, poluição urbana e industrial, além de ausência quase total de matas ciliares. Sem a proteção da mata ciliar ocorre o assoreamento, isto é, vão se acumulando sedimentos como areia e terra no leito dos rios. Como conseqüência, ocorrem a diminuição da capacidade de armazenamento de água e as enchentes na cidade.
APA – Área de Proteção Ambiental
A tentativa de criação da APA do Ribeirão do Pinhal, abrangendo toda sua sub-bacia, foi uma iniciativa para a preservação deste, uma vez que é o único manancial alternativo para captação de águas para o abastecimento urbano. Através do COMDEMA de Limeira (Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente), foram realizados, no início dos anos 90, levantamentos para a criação de uma Unidade de Conservação Municipal. Porém, a APA - Pinhal não chegou a ser criada por falta de recursos e pouco interesse político.
O ribeirão do Pinhal ainda não está poluído, contudo, o desenvolvimento da cidade, a ocupação inadequada do solo, a urbanização das cabeceira dos mananciais que alimentam esse ribeirão poderão comprometê-lo, como também o rio Jaguari e o rio Piracicaba. O Consórcio Intermunicipal das bacias do Rio Piracicaba e Capivari do qual fazem parte 39 municípios, entre eles Limeira, e 20 empresas, tem como objetivo planejar atividades conjuntas entre os municípios e lutar para a recuperação e a proteção dos mananciais.
Águas na Cidade
O município de Limeira localiza-se na Bacia Hidrográfica do Rio Piracicaba.
A cidade situa-se, principalmente, na Bacia do Ribeirão do Tatu, mas espalha-se ainda por outras bacias limítrofes tais como: Ribeirão da Graminha, Ribeirão da Água da Serra, Ribeirão da Lagoa Nova, Ribeirão dos Pires.
O Ribeirão do Tatu, apesar de ser o principal curso d’água da cidade e atravessar a área urbana totalmente canalizado, encontra-se altamente poluído em decorrência do esgoto despejado diretamente em suas águas.
Em meados da década de 80, foi realizada a retificação e canalização do Ribeirão, obra que prometia sua despoluição como também acabar com as freqüentes inundações em seu curso. Porém, devido a não conclusão do emissário de esgoto de sua margem direita o Ribeirão Tatu continua poluído e as inundações são freqüentes ainda hoje, causadas principalmente pela não remoção de uma unidade industrial no uso do canal, próximo à avenida Laranjeiras.
Um de seus principais afluentes é o Córrego da Barroca Funda com 5km de extensão e tem como afluentes os córregos do Grota e da Bovinha.
O Córrego da Bovinha localiza-se no Parque Ecológico Fausto Esteves dos Santos.
Este parque, situado entre os bairros da CECAP e do Parque das Nações, contém uma reserva significativa de vegetação, mas encontra-se abandonado pelo Poder Público. O córrego da Bovinha recebe ainda todo despejo de resíduos domiciliares, estando hoje bastante poluído.
O Ribeirão dos Pires é o principal afluente do Ribeirão do Pinhal que é manancial alternativo para a captação de águas para distribuição à população de Limeira. Nasce ao norte da cidade e estende-se junto a área urbanizada, paralelamente à Via Anhanguera e abrange os bairros Egisto Ragazzo e Nova Limeira. Neste trecho está poluído devido ao lançamento de esgoto sem tratamento em suas águas.
Áreas de Risco Ambiental
O município de Limeira está localizado na unidade hidrográfica do Rio Piracicaba. A cidade encontra-se na Bacia do Ribeirão do Tatu. Este, percorre a área urbana no sentido noroeste - sudeste.
A rede de galerias existente na área urbana capta e direciona o escoamento superficial das águas das chuvas para pontos de lançamento, nos córregos e fundos de vales da Bacia do Tatu. Alguns desses locais são críticos, devido a problemas de erosão, inexistência de rede de drenagem ou pavimentação das ruas, que provocam constantes inundações.
Na rede de drenagem da bacia do Ribeirão do Tatu ocorrem problemas como :
* assoreamento dos córregos por entulho, lixo, árvores e galhos;
* falta de limpeza e proteção das margens e da mata ciliar;
* estrangulamento da calha dos córregos, pela construção de pontes, canalização e travessia de tubulações.
Tudo isso cria diversos pontos de risco no ambiente urbano.
O Lixo e a sujeira jogados nas ruas entopem os bueiros e causam alagamento das ruas e avenidas.
É comum ver lixo no Ribeirão, arrastado pela enxurrada durante as chuvas fortes, causando inundações.
A acentuada declividade em direção às margens do Ribeirão Tatu ocasiona enxurradas fortes, colocando em risco automóveis e pedestres.
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