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As Sesmarias
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Das Sesmarias à Vila de Limeira

Durante o período colonial, os donatários podiam distribuir sesmarias para promover o povoamento e iniciar a produção. Segundo os dados levantados, a região de Limeira fazia parte da imensa sesmaria de Sant’Ana do Parnaíba, que abrangia terras desde a região de Itu até os Campos do Araraquara.

Com o passar do tempo, o interesse nas terras boas para a criação e agricultura que existiam na região do Morro Azul, levou à fragmentação deste local em diversas sesmarias.
Constatou-se, através de pesquisa, que haviam nove sesmarias na região de Limeira. Estas, porém, foram divididas e mudaram de dono, dando origem as grandes propriedades rurais. Como exemplo, podemos citar que da primeira sesmaria concedida parte foi vendida ao Capitão Cunha Bastos, em cuja propriedade ficava o Rancho da Limeira. O mesmo ocorreu com a sesmaria do Morro Azul que foi rateada, sendo uma parte comprada pelo Senador Vergueiro, tornando-se o Engenho do Ibicaba, muito importante para a economia da região.

Cada engenho, fazenda ou sítio possuía seu caminho particular, mais ou menos precário, interligando as propriedades com a Vila de Constituição (Piracicaba). O açúcar dos engenhos era transportado através de burros, que formavam longas tropas. Por isso, era necessário que os caminhos das fazendas tivessem rumo direto com as grandes vilas. A estrada de ligação entre São Paulo e Piracicaba passava por Itu, e a estrada de São Paulo à Campinas passava por Jundiaí. Assim, os lavradores da região de Limeira formularam um pedido de abertura de novas estradas carroçáveis ligando Campinas ao Morro Azul, por onde já passava a estrada de Piracicaba à São João do Rio Claro e Araraquara.

Em 1820, foi autorizada a abertura desta estrada que passava a 150 braças à direita do Ribeirão Tatu e do Rancho da Limeira, à feira da qual foi se formando um núcleo de comércio com venda, estalagens para tropeiros, casa de arreios, ferradores, carpinteiros ... Por volta de 1826, Cunha Bastos doou uma parte de suas terras para a construção de uma capela denominada de Nossa Senhora das Dores do Tatuhiby, dando início ao povoado.

Em março de 1830 foi criado o Distrito de Tatuhiby subordinado à Vila Nova da Constituição (Piracicaba) e em dezembro do mesmo ano foi criada a Frequesia de Nossa Senhora das Dores de Tatuhiby, o que foi uma exceção, pois só era criada a freguesia quando existia um povoado com capela curada e pároco. No entanto, primeiro foi criada a freguesia e somente depois a capela foi elevada a Curato, em 03de fevereiro de 1.831.

Em 03 de março de 1842, a Assembléia Legislativa de São Paulo decretou a elevação da freguesia à Vila de Limeira.
No ano de 1844 a vila possuía 965 fogos ou casa, distribuídos em 13 bairros, além da vila. Seu quadro eleitoral tinha 300 eleitores, sendo 233 votantes e 67 elegíveis.
Do período Colonial até a proclamação da República, para haver o reconhecimento oficial de um povoado integravam-se os poderes do Governo e da Igreja. Se já possuísse uma capela visitada regularmente por um padre ou cura, que celebrasse os sacramentos, este local era chamado Capela Curada. Com o aumento do povoado, seus moradores poderiam solicitar à Assembléia Provincial a criação de uma Freguesia. Em seguida a Freguesia era elevada à Vila que tinha maior autonomia política, com autorização para ter Câmara Municipal e Cadeia, porém, seu reconhecimento oficial só ocorreria quando fosse instalado o Pelourinho na praça central. A cidade, último estágio desta evolução, concentrava os poderes: político e religioso.
Chamavam de Patrimônio as terras doadas à Igreja, que as dividia em lotes menores e concedia às pessoas em troca do pagamento de uma taxa anual chamada de Aforamento. As construções feitas sobre estas terras eram de seus proprietários, porém o terreno era da Igreja.

Das Sesmarias às Fazendas

De 1800 a 1840 o cultivo de cana-de-açúcar passou a ocupar as grandes manchas de terra rocha localizadas entre o rio Piracicaba e o ribeirão Tatu.
Formavam-se grandes fazendas de cana-de-açúcar próximas dos rios navegáveis e das estradas, ou perto de núcleos urbanos.
Da grande sesmaria do Morro Azul, surgiriam as conhecidas fazendas: Morro Azul, Ibicaba, Paraguassú, Santa Gertrudes, Iracema; além de grande parte das terras de Iracemápolis e Cordeirópolis.
Fotos do casarão construído em meados do século XIX, pela família Vergueiro, na Fazenda Ibicaba. Foi demolido na primeira década do século XX pelo coronel José Levy, após o surto de tuberculose que atingiu sua família.

Nicolau Pereira de Campos Vergueiro, de posse de terras em Piracicaba e nos Campos do Araraquara (S.Carlos), formou a firma Vergueiro & Souza, em sociedade com Luís Antonio de Souza. Esta firma, em 1.818, adquiriu uma parte das terras do Morro Azul, que se tonou a Fazenda Ibicaba, a mais conhecida da região.
Na fazenda existiam : a casa-grande, a capela e a senzala onde ficavam os escravos. Eles eram as mãos e os pés do senhor, pois reali-zavam o trabalho de plantio, colheita e preparo do açúcar, além dos afazeres domésticos. O transporte, realizados por escravos , animais e carros de bois, era difícil. Como a produção de açúcar era intensa e não haviam bons caminhos para seu transporte, Vergueiro liderou e apoiou os lavradores da região na construção da estrada do Morro Azul a Campinas, conhecida como Estrada Geral.
A partir de 1840, quando o açúcar perdeu seu valor comercial como produto de exportação, os fazendeiros, seguindo o exemplo de Vergueiro, passaram a substituir a lavoura de cana pelo café. Porém, mesmo durante o período de maior produção de café na região, os canaviais continuaram a existir para suprir os pequenos engenhos de aguardente. Com a industrialização e o surgimento das grandes usinas estes engenhos foram diminuindo sucessivamente.

A Estrada do Morro Azul à Campinas, aberta em 1826, recebeu diferentes nomes durante a história do município: Rua do Caminho para Campinas, Rua do Comércio e hoje Dr. Trajano de Barros Camargo. Uma de suas extremidades denominava-se Sahida para Campinas, depois Livramento, atual Av. Campinas. Seu término era comhecido como Rua da Estrada para São João do Rio claro, hoje também Dr. Trajano que emenda com a Av. Rio Claro.

A mão de obra empregada nos engenhos era de escravos que plantavam, moiam e transformavam a cana em grandes pães de açúcar. Eles eram cortados em torrões pequenos, colocados em caixas de madeira e levados por tropas de muares ou carros de bois, até os portos para a exportação.

Por volta de 1846, Silvério Roiz Jordão iniciou a construção do palacete em homenagem à sua esposa Maria Benedita Cananea. Além das portas, janelas, batentes e vitrôs trazidos da Europa, a construção se destaca pela fachada de azulejos portugueses e ingleses. Terminada em 1877, a sede retratava a opulência da classe dominante, que a utilizava como ponto de parada em suas viagens. Recebeu pessoas ilustres como: D.Pedro II, a astrônoma Sarah Bernhart, Anita Malfati, Santos Dumont, Blaise Cendrars, Oswald de Andrade e Marechal Rondon.

 

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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