A Prefeitura de Limeira (SP) anunciou a extinção da Companhia de Desenvolvimento da cidade (Codel), empresa que era responsável por auxiliar em serviços públicos do município, por conta da quantidade de dívidas e ações judiciais atribuídas à companhia. A administração municipal afirmou que vai assumir todo o passivo deixado pelo órgão. No entanto, o Executivo não informou o valor total do débito porque "ainda existem ações judiciais em trâmite".
A extinção da companhia foi publicada no Diário Oficial do município no sábado (16). De acordo com o Executivo, os bens patrimoniais que ainda pertencem à Codel serão transferidos para a Prefeitura em até 60 dias. As ações civis e trabalhistas contra a empresa também vão ser repassadas para a administração e os funcionários afastados indenizados.
Segundo a Prefeitura, apenas a dívida trabalhista da empresa chega a R$ 19 mil. Em 2014, a administração criou o Fundo Municipal para Liquidações das Ações Trabalhistas da Codel (Fumcodel), vinculado à Secretaria da Fazenda, para quitar o débito.
Dívidas A empresa passou a acumular dívidas. Entre os principais débitos da companhia, de acordo com o Executivo, estão aqueles relacionados ao projeto de construção de um Paço Municipal, transformado em Secretaria Municipal de Educação.
"Como a Codel entrou em desuso e passou a ter os mesmos objetivos sociais que a Emdel (Empresa de Desenvolvimento de Limeira), criada em 1973, e apenas acumulava dívidas, não havia mais justificativa para mantê-la", disse o liquidante da Codel, Dionísio Franco Simoni, em nota oficial.
Histórico A companhia foi criada em 1989 como uma sociedade de economia mista. O objetivo era executar obras e implantar serviços básicos no município. Em 1990, a Codel chegou a ter a concessão da coleta coleta de lixo domiciliar, industrial e hospitalar do município e a explorar o serviço de Zona Azul. |