A Prefeitura de Limeira (SP) aplicou 147 multas a proprietários de imóveis com focos de dengue e retirou 4,8 mil toneladas de entulhos de residências de janeiro a março. A operação, realizada por agentes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), tenta diminuir os criadouros do mosquito Aedes Aegypti, que também transmite a zika e chikungunya, e evitar que o município passe por uma epidemia igual a do ano passado, com 20,6 mil casos da doença e 20 mortes. Ainda segundo a Prefeitura, nos três primeiros meses deste ano, Limeira registrou 50 casos confirmados de dengue. No mesmo período do ano passado, o número já estava em 8,5 mil e a cidade já havia decretado epidemia e estado de emergência.
De 1º de janeiro até a última sexta-feira (18), a Secretaria de Saúde removeu, além de entulho, 268 toneladas de materiais que poderiam servir como focos do mosquito, vistoriou 43 caixas d’água e notificou 620 proprietários de imóveis particulares para realizarem a limpeza dos terrenos até a próxima vistoria. Durante a operação que foi chamada de “casa a casa”, a administração municipal realizou ações de nebulização em 11 mil residências e vistoriou 426 pontos estratégicos – que possuem maior risco de abrigar criadouros do Aedes – além de outros 75 "imóveis especiais", que recebem grande aglomeração de pessoas. De acordo com a lei 5464/15, sancionada pelo Executivo em fevereiro do ano passado, quando a cidade já vivia uma epidemia de dengue, a multa por criadouros do mosquito transmissor passou de R$ 50 para R$ 637,50. O valor se manteve neste ano, mesmocom a diminuição nos casos da doença. Zika No dia 15 de março, a Vigilância Epidemiológica de Limeira (SP) confirmou o primeiro caso de vírus da zika em gestante. A mulher de 30 anos é também o primeiro caso da doença no município. A Prefeitura informou, em nota oficial, que a paciente tem sido acompanhada pela rede municipal de saúde desde fevereiro, quando apresentou as primeiras manchas vermelhas pelo corpo. Ela está grávida de 27 semanas.
Apesar disso, a administração municipal disse que o pré-natal da gestante está normal e que não há sinais de microcefalia no bebê. O caso foi classificado como autóctone, quando o vírus é contraído na própria cidade, e foi confirmado pelo laudo do Instituto Adolfo Lutz. Segundo o Executivo, a gestante mora no Jardim São Pedro e foi comunicada assim que o resultado saiu.
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