Os servidores municipais de Limeira (SP) retomaram a paralisação nesta segunda-feira (2). Eles se reuniram em frente ao Paço Municipal durante a manhã e fizeram um protesto pelo reajuste salarial. A paralisação havia sido suspendida na quinta-feira (29) após o sindicato da categoria apresentar uma contraproposta para a prefeitura.

A Guarda Municipal de Limeira informou que cerca de 400 pessoas participam do protesto, que segue pacífico. O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) afirma que entre 500 a 600 funcionários estão paralisados nesta segunda, mas ainda não tem o balanço oficial da greve. O grupo deve permanecer no paço até o fim da tarde desta segunda-feira.

Contraproposta

Inicialmente, o funcionalismo público reivindicava 12% de aumento, e ainda que o vale-alimentação seja taxado em meio salário-mínimo, extensão do benefício para toda a categoria e que seja cumprido o estatuto da Guarda Civil Municipal (GCM), que prevê aposentadoria especial e concurso interno. Ao todo, o pedido do sindicato tinha 49 reivindicações.

Na quinta-feira, o Sindsel anunciou que suspenderia a greve no dia e apresentou uma contraproposta de 8% de reajuste. Antes mesmo de receber o pedido, o prefeito Mario Botion (PSD) afirmou que a oferta da prefeitura, de reajuste de 2,84%, não seria alterada.

Segundo ele, esse é o máximo que o Executivo consegue oferecer. O secretário de Administração, Luiz Alberto Battistella, disse que, se os 2,84% forem aceitos, a prefeitura passa a empenhar 47,42% do orçamento para pagamento dos trabalhadores, percentual que o sindicato contesta. Segundo o Sindsel, se o governo aceitar o aumento de 8%, atingirá 45,88% dos gastos com pessoal.

O funcionalismo espera que a prefeitura abra negociação nesta quarta-feira (4).

Corte de salário

Ainda na semana anterior, o prefeito de Limeira informou que haverá desconto por falta aos servidores que aderiam à paralisação. Segundo ele, os compromissos com o funcionalismo estão sendo cumpridos.

Na semana passada, de acordo com a balanço da prefeitura, 776 servidores cruzaram os braços nesta quarta, o que representa 10,4% da categoria. No primeiro dia, foram 1.219. A Educação foi a mais afetada, com 673 servidores parados. Saúde teve 90 trabalhadores.