Os servidores de Limeira (SP) que participaram de uma assembleia na noite desta terça-feira (20) rejeitaram a proposta da prefeitura de 2,89% de reajuste nos salários. Além disso, aprovaram o decreto de estado de greve do funcionalismo. O Sindicato dos Funcionários e Servidores Públicos Municipais de Limeira (Sindsel) reivindica aumento de 12%. A paralisação da categoria deve começar na segunda-feira (26).
De acordo com a direção do Sindsel, a rejeição foi unânime. O sindicato afirma que a proposta da prefeitura rebaixa os gastos com pessoal de 45,87% para 43,68% para 2018. "Em 2017 tivemos paciência com o atual governo que assumia pelo primeiro ano o município. Porém, manter esse mesmo discurso de reajuste inflacionário e sem aplicar reajuste no vale-alimentação é um completo desrespeito à nossa categoria", comunicou, por nota, a diretora da entidade, Nicinha Lopes.
Antes da assembleia, a prefeitura enviou comunicado à imprensa sobre a oferta de reajuste. Segundo a administração, o índice corresponde a variação do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) entre de abril de 2017 a março de 2018.
'Sacrifício'
Segundo o administração, Luiz Alberto Battistella, o reajuste oferecido é o limite que a prefeitura consegue aumentar nos vencimentos para o período. "Chegamos nesse percentual com um sacrifício imenso", disse.
Por nota, a prefeitura afirma, ainda, que não atrasa o salário dos servidores e que o reajuste proposto é maior do que de outras cidades. "Desde o início de 2017, apesar de todo o cenário de crise financeira vivido pelo município devido à queda de arrecadação, a Prefeitura de Limeira vem mantendo o pagamento de salário dos servidores em dia".
Já o sindicato afirma que a proposta da municipalidade reduz o gasto com pessoal. "Se o governo der 10% de reajuste ao servidor público, a prefeitura atinge 46,73% dos gastos com pessoal, e 8% atinge 45,88%, sendo que o limite alerta é de 48%".
Além do aumento nos salários, o sindicato pede que o vale-alimentação seja taxado em meio salário-mínimo e que seja cumprido o estatuto da Guarda Civil Municipal (GCM), que prevê aposentadoria especial e concurso interno.
A próxima assembleia da categoria, que servirá para organizar a greve, está marcada para quinta-feira (22). |