A região de Limeira (SP) apresentou saldo negativo no nível de emprego da indústria em janeiro de 2016. Foram 100 postos de trabalho a menos, segundo dados do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp). O número representa uma variação negativa de 0,25%.
O número, entretanto, representa melhora se comparado ao mês de dezembro de 2015, quando a regional do município registrou o fechamento de 250 vagas, o que equivale a uma queda de 0,74%.
A regional de Limeira do Ciesp ainda engloba os municípios de Cosmópolis (SP) e Cordeirópolis. Em janeiro de 2016, os setores que mais influenciaram para o saldo negativo de empregos nas três cidades foram os de Produtos de Minerais Não-Metálicos, com redução de 0,59%, o de Máquinas e Equipamentos, que registrou queda de 0,21% e de Metalurgia, com diminuição de 1,81% dos postos de trabalho em janeiro de 2016.
Na sequência, estão os Produtos de Metal, exceto Máquinas e Equipamentos, com redução de 0,49% da vagas e o de Veículos Automotores e Autopeças, com 0,39% a menos. Na área de metalurgia, a variação também ficou negativa
No acumulado dos 12 meses, a cidade perdeu 2,1 mil empregos, uma redução de 6,02%. Na estatística de 2015, de janeiro a dezembro, o número é ainda maior, com 2,8 mil postos de trabalho a menos.
Na região, a queda no número de postos de trabalho na indústria foi a pior desde 2003, segundo levantamento do Ciesp. Uma metalúrgica que fabrica móveis de aço em Limeira é um exemplo dessa estatística.
Demitiu mais da metade dos funcionários Inaugurada em 2003, a unidade contava com 10 funcionários. A metalúrgica cresceu e, em 2014, chegou a ter 40 trabalhadores registrados e clientes em várias cidades do estado de São Paulo. Mas, com a crise de 2015, os desligamentos foram inevitáveis, segundo o proprietário Reinaldo Franco.
"O ano passado foi o que mais demitimos funcionários, mais da metade, por falta de vendas e de pedidos de clientes", lamentou. A história preocupante é exatamente uma tendência nas indústrias de São Paulo. O diretor do Ciesp para Campinas, José Nunes Filho, adverte que a demissão tem reflexos sérios em toda cadeia econômica e de mercado.
"Os trabalhadores que perderam seus empregos, perderam toda a sua renda e isso influencia diretamente na demanda por produtos. O comércio vende menos, desemprega e deixa de comprar da indústria que, por consequência, também reduz vendas e precisa fechar postos", explicou. |