A Prefeitura de Limeira (SP) prorrogou por mais 120 dias a intervenção do serviço de transporte público. Segundo a administração municipal, a decisão foi baseada em um pedido do interventor, o advogado Renato Pavanelli. O serviço da Viação Limeirense está sob intervenção desde abril deste ano.
Ainda segundo a Prefeitura, o interventor havia solicitado prorrogação por 180 dias, mas o prefeito da cidade, Mario Botion (PSD), decidiu diminuir o procedimento porque o objetivo “não é prolongar a intervenção além do necessário, para a correta prestação do serviço público”, diz a nota. A decisão foi publicada no Jornal Oficial do município desta sexta-feira (8).
Rompe contrato locação
Além da prorrogação, a Prefeitura informou que a empresa Viação Princesa Tecelã decidiu romper um contrato de locação de ônibus mantido com a Viação Limeirense e, com isso, 12 veículos que atuam no transporte coletivo de Limeira podem ser tirados de circulação. Esse número corresponde a 9% da frota atual da empresa, o que pode prejudicar o atendimento de passageiros.
A quebra do contrato foi comunicada à administração municipal no mesmo relatório que solicitou a prorrogação da intervenção. A Princesa Tecelã é coligada da Viação Limeirense, segundo Pavanelli.
O interventor afirmou que a retirada dos veículos só vai acontecer após substituição dos ônibus locados. Pavanelli afirmou ainda que os 12 veículos estão entre os mais novos da frota que opera no transporte público de Limeira.
Entenda a intervenção
A empresa responsável pelo transporte público no município, a Viação Limeirense, está sob intervenção desde abril deste ano. A prefeitura decretou a intervenção para que o transporte, que estava parado por conta de uma greve dos trabalhadores, voltasse a circular.
Além da greve, segundo a Prefeitura, um dos motivos que motivou a intervenção foi a falta de acesso ao banco de dados do Sistema Integrado de Transportes, mesmo após decisão judicial que obrigava a abertura das informações. Com isso, a administração municipal assumiu as funções admistrativas e operacionais da empresa.
Depois da nomeação do interventor, o advogado Renato Pavanelli, a Prefeitura informou que o cofre da empresa estava zerado. |