O transporte coletivo de Limeira (SP), que entrou em greve nesta sexta-feira (14), voltou a funcionar normalmente neste sábado (15). A Prefeitura da cidade entrou com uma intervenção e assumiu as funções admistrativas e operacionais da empresa, alegando irregularidades.
De acordo com o sindicato dos motoristas, o contrato com a empresa que iria começar terça-feira (18) e assumir 70% do transporte foi suspenso. A Viação Limeirense vai continuar com 100% do serviço na cidade pelos 60 dias de intervenção, podendo ser prorrogados por mais 60.
A Prefeitura de Limeira enviou uma nota ao G1 dizendo que, além da greve, um dos motivos que motivou a intervenção foi a falta de acesso ao banco de dados do Sistema Integrado de Transportes, mesmo após decisão judicial que obrigava a abertura das informações.
“A falta de banco de dados e a greve de sexta-feira nos obrigou a tomar a decisão de intervenção para preservar o transporte coletivo e garantir o pleno atendimento aos usuários de ônibus e também o direito dos trabalhadores”, explicou o prefeito Mario Botion. As funções administrativa, financeira e operacional da empresa ficarão por conta da Prefeitura por 60 dias.
Em nota, A Viação Limeirense diz que o transporte público de Limeira vai ser precarizado e que o objetivo da intervenção é sucatear a empresa. "Pela nossa ótica, a finalidade da intervenção não é pagar os funcionários, mas sim sucatear e destruir a Viação Limeirense e permitir dentro de 60 ou 120 dias a transferência do serviço para terceiro, sem o devido processo licitatório", dizia o documento.
A empresa também disse que a partir de segunda-feira (17) vai tomar as medidas judiciais cabíveis e vai denunciar o ocorrido ao Ministério Público "visando a responsabilização civil, administrativa e criminal daqueles que pretendem destruir a empresa". |