O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin encaminhou o nomes do ex-prefeito de Limeira (SP) Paulo Hadich (PSB) e dos ex-vereadores Eliseu Daniel (PSDB) e Lusenrique Quintal para que sejam investigados em outras instâncias. O inquérito é baseado nas delações de executivos da Odebrecht na Operação Lava-Jato.
Hadich, Eliseu Daniel e Lusenrique Quintal concorreram ao cargo de prefeito de Limeira na eleição de 2012 e são suspeitos de receber recursos indevidos da construtora. Eles não têm o foro privilegiado e por isso não precisam de autorização do STF para serem investigados e julgados.
Serão os tribunais, para os quais os processos deles foram enviados, que decidirão se as citações merecem ser investigadas, juntadas a alguma investigação já em curso ou, simplesmente, arquivadas por falta de provas.
Em conversa com o G1, o ex-prefeito disse que não recebeu nem por via legal ou ilegal qualquer recurso da Odebrecht e que não conheçe e nunca conversou com o delator que cita o seu nome.
Hadich garante que a relação com construtora se restringe ao papel dele como vereador de oposição, quando fiscalizava o trabalho da empresa na cidade e como prefeito, que fiscalizava, indiretamente, a execução do contrato.
Ele ainda diz que as acusações do delator não tem qualquer fundamento fático e salienta que todos os recursos recebidos em campanha foram contabilizados.
Já o empresário e ex-vereador Lusenrique Quintal disse ao G1 que não conhece ninguém da Odebrecht, nunca esteve na empresa em São Paulo e nem sabe onde é.
Quintal disse que acha estranho essa citação do nome dele, porque durante a campanha o registro de candidatura dele foi cassado e não teria motivo nenhum para receber dinheiro da construtora. E que irá procurar ter acesso ao despacho do minsitro Fachin para entender melhor as acusações.
O advogado e ex-vereador Eliseu Daniel negou ter recebido qualquer qualquer recurso da Odebrecht durante a campanha e afirmou que todas suas contas foram aprovadas.
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