O ‘cemitério de carros’ a céu aberto, que revoltou moradores do bairro São Lourenço em Limeira (SP), no final de 2015, voltou a gerar risco à população devido ao acumulo de entulhos e de água parada nos veículos. Após cinco autuações e uma interdição, o proprietário do oficina ainda deixa as carcaças dos automóveis em um terreno vizinho, descoberto e sem proteção. O ambiente é propício aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Segundo a Guarda Ambiental, não foram detectados focos de dengue nos veículos, mas há a irregularidade de os carros ficarem expostos em local impróprio. Depois de ser multado e de a Prefeitura fazer a remoção de parte dos veículos, o proprietário retirou alguns carros de outras áreas da cidade e os colocou no terreno particular, ao lado do desmanche.
Multa por descarte irregular O dono da oficina mantém as peças dos veículos na calçada e será multado pelo Pelotão Ambiental pelo descarte irregular de lixo, segundo a corporação. O diretor da equipe, Angelo Oliveira, ressaltou a existência de uma lei municipal que proíbe o descarte e depósito de lixo em via pública.
"O dono do desmanche terá 24 horas para remover o que está sobre a calçada. Em relação às demais irregularidades, não podemos fazer nada porque o local está embargado pelo Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran)", afirmou.
Problema antigo Cinco dias após o problema ser mostrado pela EPTV, no final de dezembro de 2015, a Prefeitura iniciou a remoção dos 70 veículos e carcaças, que são da oficina mecânica de carros que sofreram acidentes e ficaram danificados.
Os veículos desmontados eram deixados pelo proprietário em um terreno em frente ao estabelecimento e também em outra área da Avenida Doutor Laércio Corrêa da Silva.
Epidemia Em 2015, Limeira viveu epidemia de dengue, com 19 mortes pela doença e aproximadamente 20 mil casos confirmados.
Solução Em nota, a Prefeitura de Limeira esclareceu que, há mais de um ano, o local faz parte das áreas de monitoramento e de ações de combate ao Aedes aegypti. Técnicos do Centro de Controle de Zoonose (CCZ) vão ao local, nesta segunda-feira, para verificar o risco potencial de criadouros do mosquito.
Diante do fato recorrente, a administração municipal informou que uma força-tarefa com o CCZ, Vigilância Sanitária, Guarda Municipal e o Departamento de Trânsito da Secretaria de Mobilidade Urbana será feita no local. |