O cão Marronzinho, que fez "vigília" na porta de um hospital de Limeira (SP) depois que o dono foi internado, reencontrou o amigo na manhã desta quinta-feira (23). Os dois viviam nas ruas e a amizade da dupla ficou conhecida na cidade quando o homem de 30 anos precisou ser hospitalizado no último dia 15. Ele foi levado para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) com pneumonia e o cachorro ficou mais de 24 horas na porta da unidade de saúde.
Ao rever o dono com roupas limpas, mas ainda um pouco debilitado na saída do hospital, Marronzinho parou, cheirou e depois "abraçou" o amigo, deitou no chão para receber carinho e até "posou para fotos, sentadinho e como se soubesse o que estava acontecendo", contou Larissa Maluf, voluntária da Associação Limeirense de Proteção aos Animais (Alpa) que assistiu ao reencontro.
Ela disse que ficou emocionada porque, apesar de o dono ainda estar um pouco debilitado, "foi possível sentir a alegria do cachorro por reencontrá-lo".
O morador de rua não deu entrevista ao deixar o hospital. Segundo Larissa, no entanto, ele foi acolhido por uma ONG chamada Anjos da Noite e deve ficar sob os cuidados da entidade.
Marronzinho permanecerá com o dono na instituição e será acompanhado pelos voluntários da Alpa. "O cão foi vacinado, está em observação pela equipe que vai cuidar da saúde dele."
Ambulância O animal ficou conhecido quando uma equipe médica foi chamada para atender um morador de rua. De acordo com o depoimento de um dos médicos que prestou atendimento à vítima, ao ver o homem ser socorrido, Marronzinho entrou em desespero e pulou dentro da ambulância com o dono.
No hospital, que fica no Jardim Nova Itália, o cão tentou entrar no local várias vezes enquanto o morador de rua aguardava na área de emergência. Depois que o homem foi encaminhado para a UTI, ele se deitou próximo à porta de entrada e, comportado, passou a aguardar pelo amigo, conforme funcionários.
Como o homem teria que passar alguns dias internado, a Alpa recolheu Marronzinho para passar por atendimento veterinário e acompanhamento até a liberação do dono dele no hospital.
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