A Secretaria de Mobilidade Urbana de Limeira (SP) abriu uma sindicância para apurar as 24,9 mil multas emitidas entre 21 de outubro a 29 de dezembro do ano passado no cruzamento entre as avenidas Gumercindo Araújo e Fabrício Vampré.
As multas foram processadas por um radar instalado no cruzamento entre as avenidas , onde o limite máximo de velocidade permitido entre 21 de outubro a 29 de dezembro era de 40 km, conforme determinação da Prefeitura. No entanto, a velocidade no local passou para 60 km após esse período.
Segundo a Secretaria de Mobilidade Urbana, durante o período, que prevaleceu o limite de 40 km, foram emitidas 24.913 multas e foi arrecadado R$ 3.640.362,31, sendo que desse montante já foram pagas 77 multas, no valor de R$ 8.269,15.
De acordo com secretário da pasta, Rodrigo Oliveira, a postura da atual gestão é de repúdio aos atos praticados pela administração anterior. “Houve erro na gestão Paulo Hadich, e é inaceitável que milhares de pessoas sejam prejudicadas”, afirmou.
Rodrigo diz que há casos em que o mesmo condutor foi autuado mais de 20 vezes, além de motoristas profissionais que poderão perder seus empregos. A assessoria de comunicação da Prefeitura ainda disse que gestão anterior não fez estudos adequados antes de baixar o limite de velocidade no local.
Ainda de acordo com o secretário, o objetivo do radar é a prevenção de acidentes, e não a geração de receita para o município e por isso a Prefeitura estuda alterar alguns pontos na cidade, como por exemplo, o da Avenida Ana Carolina de Barros Levy, que será transferido para um local mais próximo da movimentação de pedestres na mesma via.
Paulo Hadich Ao G1, o ex-prefeito Paulo Hadich (PSB) disse que foi um erro estabelecer o limite de 40 km no local.
“A redução do limite de velocidade foi feita pelos técnicos da Prefeitura da área que cuida de trânsito. Eu pessoalmente, quando tomei conhecimento da medida, achei absurdo e mandei corrigir. Tanto que foi corrigido para 60 km ainda na minha gestão. Eu acho que realmente não deveria ter sido baixado para 40 km".
Para o ex-prefeito "excesso de zelo" dos técnicos. "Foi um excesso de zelo para preservar vidas e evitar acidentes e acabaram exagerando na dose. Porém, estudos foram feitos sim. Quanto a fala agressiva do secretario Rodrigo Oliveira é própria da sua falta de caráter e de um governo de factoides”, declarou. |