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Notícias > Cidade Inserida em 28/11/2016 - 11:15:31
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'Sabia que a reeleição era muito difícil', diz prefeito de Limeira
E entrevista ao G1, Paulo Hadich fez um balanço dos seu governo. Político diz que não pretende disputar o cargo novamente no futuro.
 
Araripe Castilho/G1
Prefeito de Limeira, Paulo Hadich em entrevista ao G1
 

A pouco mais de um mês de deixar o cargo de prefeito de Limeira (SP), Paulo Hadich (PSB), em entrevista ao G1 disse que sabia desde 2015 que as suas chances de reeleição eram pequenas. “Eu já sabia que o resultado seria esse, eu já sabia isso em 2015, que era muito difícil a reeleição, porque as coisas se encaminhavam para esse resultado. Reuni minha equipe e decidimos participar das eleições, porque as eleições não é são feitas só para ganhar. É um debate de ideias", afirmou.

O chefe do executivo de Limeira disse que se sentiu um pouco frustrado já que não conseguirá dar seguimento a um projeto de transformação da cidade. "O primeiro momento de uma derrota eleitoral é um momento de tristeza profunda, é um luto. Eu perdi a eleição no domingo e na terça-feira eu tirei cinco dias para descansar. Literalmente, eu dormi esses dias todos por conta do cansaço acumulado dos quase quatro anos de governo e depois reuni minha família para fazer uma leitura. E o sentimento da maioria deles era um sentimento de alívio. Outros dois sentimentos presentes eram o de missão cumprida e de profunda gratidão pela população de Limeira por ter me dado a oportunidade de ser prefeito, pois pouquíssima pessoas  tiveram essa chance” diz.

Quarto colocado na eleição, Hadich disse que apesar de ter disputado o pleito municipal, a reeleição não era uma prioridade.

“A lógica do meu governo na era reeleição era fazer um bom governo, eu não sou político, vim de uma carreira de funcionário público e delegado. Vim para política em um momento que Limeira vivia um dos momentos mais difíceis da sua história. Fui para Câmara Municipal e liderei o processo de cassação do prefeito mais corrupto da nossa história e me elegi prefeito na sequência”, argumenta.

Além de apontar a crise política e econômica vivida pelo país com um dos motivos pelo seu insucesso nas urnas, o atual mandatário de Limeira também culpa as redes sociais.
“Essa foi a primeira gestão que sofreu de uma forma mais incisiva a influência das mídias sociais. E as mídias sociais ainda estão sendo descobertas, mas nesse primeiro momento elas serviram mais para destruição do que para construção. Por exemplo, na época da dengue, alguém postava uma foto de um poça d’água e escrevia, tá vendo a Prefeitura não cuida, sendo que uma poça d´água é uma coisa que existe na casa de todo mundo e não tem como controlar”, se justifica.

Durante a entrevista, Hadich evitou fazer críticas ao sucessor, mas disse que a vitória de Botion representa um cansaço da população com a política. “É um candidato desconhecido, as propostas eram absolutamente desconhecido, não apresentou proposta durante a campanha. Ele ganhou porque era uma novidade aos olhos dos eleitores”, avalia.

Epidemia de dengue
Para  Hadich, um dos momentos mais difíceis de sua gestão foi a epidemia de dengue de 2015, onde 19 pessoas morreram. De acordo com o prefeito, as mortes aconteceram porque a rede privada se omitiu. ‘Primeiro nos detectamos que havia epidemia mais esperávamos que tivesse 6 mil casos, mas chegou a 30 mil. Essa epidemia pegou todo mundo de surpresa no Brasil inteiro e em Limeira não foi diferente.O número de mortes que houve em Limeira não era para ter acontecido. Nós chamamos a rede pública e privada de saúde para fazer um treinamento. A rede pública participou a rede privada se omitiu. Isso foi terrível. Nos tivemos um único caso de morte na rede pública, e esse único caso foi de uma pessoa que tinha sofrido um infarto. Tomamos todas as providências necessárias, mas epidemia não se controla”, defende-se.

Câmara de vereadores
Outra dificuldade para o prefeito foi a relação com o legislativo, Hadich acha que faltou colaboração de alguns parlamentares ‘Eu acho a Câmara nesses quatro anos falou a ela um protagonismo para atacar os reais problemas da cidade. Diversos vereadores tiveram mandatos brilhantes, outros tiveram desempenho medíocre. Mas falando como um todo faltou buscar participação da solução dos grandes problemas da cidade’, opina.

Queda na arrecadação
O prefeito diz Limeira soube lidar bem com a queda da arrecadação porque fez uma gestão responsável do recurso.  No entanto, para ele, o problema ainda persistirá por mais um tempo, devido a atual conjuntura política e econômica. “Os próximos quatro anos não serão fáceis, eu acredito haverá alguma melhora na economia no ano que vem, mas os efeitos serão poucos, já que o grosso da nossa arrecadação vem de repasses estaduais e federais. O governo estadual está em um momento que ele tem que se preocupara com as próprias despesas, pois ele também está passando por dificuldades. E  na esfera federal, acredito que como é um governo que não foi eleito ele não tem que respeitar bandeiras eleitorais, ele vai privilegiar o ajuste das contas, o que em termos práticos significa que vai virar as costas para os municípios. Além disso, ele não tem os recursos e nem o propósito de aprofundar as políticas sociais”,analisa.

Futuro
Demonstrando desanimo com a política partidária, Hadich diz que a hipótese de se candidatar novamente ao cargo de prefeito é remota.

“Eu volto para minha função original de delegado de polícia, resta muito pouco tempo para que eu me aposente, mais ou menos 1 ano e um mês. Vou continuar mantendo atuação política, e vou atuar para eleger Geraldo Alckimin presidente em 2018. Mas me candidatar a prefeito acho muito pouco provável, já que pra quem trabalha e é honesto sabe das privações pessoais e familiares que o mandato impõe e eu tenho obrigações com a minha família.”, diz.

Porém, o pessebista não descarta disputar uma vaga no legislativo estadual ou federal nas eleições de 2018, “Daqui a dois, se isso foi ajudar para a eleição de Geraldo Alckimin sim’, ressalva.

 

 
Fonte: Portal G1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 


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